A vez dos alimentos orgânicos

Por Angela Escosteguy*

A pandemia foi um sonoro tapa na cara da humanidade. Nos mostrou o quanto precisamos de um sistema imunológico forte e de um ambiente saudável, apesar dos nossos avanços tecnológicos.

A preocupação em fortalecer as defesas naturais com dieta saudável provocou um aumento no consumo dos alimentos orgânicos em diversos países. Estudos na Europa relatam que mesmo com a crise, em 2020 houve aumento de cerca de 40% no consumo. Alguns chegam a firmar que o aumento só não foi maior porque não havia oferta.

Além disso, o Relatório da FAO sobre a Covid-19, publicado no ano passado foi muito claro ao afirmar que dentre as causas da pandemia estão a destruição dos ecossistemas e os confinamentos dos animais e que, se isto não for modificado, novos surtos virão. Neste contexto, os sistemas orgânicos e de base agroecológica assumem uma importância crescente. Há mais de 70 anos eles vêm se desenvolvendo com base nos princípios que incluem cuidados com os ecossistemas, com as pessoas e com o bem-estar dos animais. Estudos, como o do Rodale Institute dos EUA comprovam que estes sistemas são mais resilientes, sequestram mais carbono, precisam de menos energia, proporcionam melhor bem-estar aos animais e produzem alimentos de elevado teor nutricional e com menos possibilidades de terem resíduos tóxicos.

Estas informações vêm propiciando o aumento do consumo dos orgânicos pois além de livres de agrotóxicos, antibióticos, hormônios e outros contaminantes no seu sistema de produção, eles também têm mostrado serem mais nutritivos que os convencionais, na maioria dos estudos comparativos, embora haja variação conforme o solo e período do ano. Segundo a Universidade de Medicina Natural dos EUA, alimentos orgânicos fornecem níveis significativamente maiores de vitamina C, ferro, magnésio e fósforo do que as variedades não orgânicas dos mesmos alimentos. Citam também benefícios claros para a saúde do consumo de produtos lácteos orgânicos em relação à dermatite alérgica. Pesquisa do British Journal of Nutrition concluiu que leite e carne orgânicos são mais nutritivos que os convencionais pois contém 50% mais ômega 3. Estes resultados também foram encontrados na manteiga, iogurte, nata e queijos. O ômega 3 é um ácido graxo essencial fundamental para o crescimento, com importante função na prevenção e tratamento de doenças cardíacas, hipertensão, artrite, câncer, inflamações e desordens autoimunes. Numerosos estudos científicos, incluindo os do FIBL- Instituto de Pesquisas em Orgânicos, da Suíça, e da Universidade da Califórnia, comprovaram que carnes de animais alimentados em pastagens, como os orgânicos, têm mais ômega 3, além de maiores níveis de vitaminas A, E , CLA e menos gordura saturada e trans que carnes não orgânicas.

Conforme dados publicados este ano pelo FIBL com base em dados coletados em 2019, o mercado de orgânicos movimentou 106 bilhões de euros, está presente em 187 países e conta com mais de 3 milhões de produtores devidamente cadastrados. Aqui no Brasil, segundo uma pesquisa da realizada pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), através da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis) a produção orgânica brasileira registrou um saldo bastante positivo em 2020 com um aumento de 30 a 50% conforme o produto, além de triplicar a produção devido à grande demanda. A gama de produtos é variada, não somente os tradicionais hortifrutigranjeiros, mas também ovos, mel, carne bovina e de frango, leite e derivados. Além da preocupação com alimentação saudável também observa-se aumento da preocupação com o ambiente e com os animais, o que vem impulsionando o desenvolvimento da pecuária orgânica, cujos princípios básicos são bem-estar dos animais e preservação dos ecossistemas nas criações de animais em pastagens.
A concepção de qualidade dos alimentos está evoluindo. Durante muito tempo eram considerados apenas os parâmetros do próprio alimento, tais como sanidade, sabor e valor nutricional. Mas agora estão sendo valorizados e demandados também aspectos que avaliam não somente o alimento em si mas também o sistema produtivo utilizado. Consumidores além de buscar alimentos de mais qualidade, se sentem felizes em apoiar os produtores rurais que são cuidadosos com os animais e com o ambiente, e passam a buscar nos rótulos dos alimentos estas informações. É o chamado consumo ético.

*Angela Escosteguy, médica-veterinária, diretora do Instituto do Bem-Estar (IBEM).
Artigo publicado no jornal Sul 21, em 09/10/2021.

IFOAM CONCEDE PRÊMIO PARA A DIRETORA DO IBEM

Angela Escosteguy, diretora do Instituto do Bem-Estar (IBEM) recebe Prêmio da IFOAM por atuação no movimento orgânico.

A cada três anos a IFOAM – Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica realiza o Congresso Orgânico Mundial para compartilhar experiências, inovações e conhecimentos e logo após realiza a sua Assembleia Geral com associados de todo o mundo. O 20º Congresso Mundial ocorreu este ano, de 06 a 10 de setembro, na França, na modalidade semi-presencial. Logo após o Congresso, os associados da IFOAM realizaram a Assembleia nos dias 13 e 14 para escolha da nova diretoria e aprovação de moções e diretrizes. A nova diretoria tem as atribuições de supervisionar, apoiar e promover o crescimento do mercado orgânico global, treinar líderes orgânicos e facilitara capacitação para os produtores orgânicos.

Na ocasião também foi concedido Prêmio em reconhecimento a importantes trabalhos realizados para seis pessoas de todos os continentes. Pela América Latina, recebeu o prêmio Angela Escosteguy/IBEM/BRASIL. Os demais foram Otto Schmidt da Suíça, Mwatima Juma da Tanzânia, Zheijang Zhou da China, Brian Baker dos EUA e Jan Deane do Reino Unido.

O próximo Congresso Mundial ocorrerá em 2024, em Tuniz, na Tunizia.

PECUÁRIA ORGÂNICA NA CASA DO VETERINÁRIO NA EXPOINTER

A pecuária orgânica foi o tema de um debate promovido pela Comissão de Pecuária Orgânica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), neste sábado (11), na Casa do Médico Veterinário no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante a 44ª Expointer. O evento contou com a participação de Angela Escosteguy, coordenadora da Comissão e Presidente do Instituto Bem-Estar (Ibem); Márcia Monks Jantzen, professora da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS; e Eduardo Antunes Dias, professor da FURG – Campus São Lourenço do Sul.
De acordo com Angela, o tema de como a humanidade vai produzir alimentos de qualidade sem agredir os ecossistemas e com respeito aos animais é de importância crescente no mundo atual. No entanto, ao mesmo tempo, aumentam as acusações de que a criação de gado prejudica a saúde e o meio ambiente. Para Angela Escoteguy, essas alegações são válidas para o modelo convencional, mas não para o orgânico. “O sistema ultraintensivo agride o meio ambiente, o bem estar dos animais e pode trazer resíduos tóxicos aos alimentos, bem diferente dos sistemas orgânicos, que preservam a biodiversidade e tratam os animais com respeito e ética, além de gerar alimentos com qualidade nutricional e níveis de contaminação muito baixos”, destacou.

A coordenadora da Comissão de Pecuária Orgânica do CRMV-RS destacou que o modelo de produção agroecológico vem crescendo fortemente, e é de grande importância para o Rio Grande do Sul, um estado onde a pecuária faz parte da cultura tradicional. “A criação de animais é fonte de renda, trabalho e alimentação de muitos produtores. Discordamos da posição de que a pecuária é nociva. Temos uma proposta de produção saudável e mantendo nossa cultura ligada à criação de animais”, afirmou.
No Brasil, a produção orgânica já possui legislação desde 2010 e está bem regida por regramentos que instituíram os selos de produto orgânico, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). No entanto, segundo Márcia Monks Jantzen, enquanto a área vegetal já demonstra forte evolução, a área animal ainda possui uma grande demanda que não está suprida. “Estamos realizando um trabalho de desenvolvimento desse setor, atuando tanto dentro de universidades quanto entre a classe de médicos veterinários e zootecnistas, discutindo desafios e mercado desse tipo de alimento”, afirmou.
Márcia apresentou números divulgados pela Embrapa em 2020 que apontam para um crescimento anual de 14,5% no mercado brasileiro de orgânicos entre 2014 e 2017. “No caso da pecuária orgânica, esse aumento no período ficou entre 20% a 30%”, destacou.

Para Eduardo Antunes Dias, na pecuária orgânica o importante é a diversificação e a otimização dos processos. “Ela permite uma melhor ciclagem dos nutrientes para diminuir a entropia e melhorar a eficiência da circulação de energia entre os sistemas de produção”, comentou. Além disso, o modelo gera um produto final de qualidade, que atende a população em termos de saúde e tem baixo impacto no meio ambiente.
Dias destacou que o Rio Grande do Sul possui o bioma pampa, que é herbáceo e tem vocação de utilização para a pecuária. “Temos aqui uma excelente oportunidade de mostrar para o mundo que podemos preservar um bioma e ter produção nele, sem explorá-lo, mas utilizando o meio ambiente de forma inteligente, com produção de alimento mas conservando a biodiversidade de um ecossistema”, disse.

Presente também no evento, a Dra. Lisandra Dornelles, Presidente do CRMV/RS.

COMISSÃO PECUÁRIA ORGÂNICA DO CRMV-RS LANÇA CARTILHA COM RESULTADADOS DE QUESTIONÁRIO VOLTADO AO TEMA

A produção e consumo de alimentos orgânicos de origem animal, como o leite, carne, ovos, mel e derivados, vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. Embora o tema seja regulamento por lei no Brasil, há mais de 10 anos, o conhecimento sobre o assunto ainda é pouco difundido. Exemplo disso, são os cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia, que ainda não têm como disciplina obrigatória na graduação questões ligadas às criações orgânicas.

Para auxiliar na difusão do conteúdo, a Comissão Pecuária Orgânica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), pioneira no Brasil, lança nesta quarta-feira (12) a cartilha “Conhecimento e Interesse em Criações Orgânicas.” A publicação reúne diversos dados coletados através de um questionário, realizado de forma on-line, que obteve durante mais de um mês mais de 500 respostas de médicos veterinários, zootecnistas e outros interessados no tema, com o objetivo de avaliar o grau de interesse e conhecimento em relação ao assunto. Com base nas respostas, a comissão pretende planejar ações, eventos e publicações de materiais técnicos.

“Em tempos de tantas críticas generalizadas à pecuária, é importante entender a relevância da produção de base agroecológica, que replica os padrões naturais e as funções ecossistêmicas dos herbívoros e gera alimentos de alto valor nutricional, trabalho e renda para milhares de pequenos, médios e grandes produtores rurais de todo país. Este questionário se propôs a trazer o tema para discussão e ao mesmo tempo colher informações sobre as demandas, em especial dos médicos veterinários e zootecnistas”, comenta a coordenadora da comissão, Angela Escosteguy.

O período escolhido para lançar a cartilha também é especial. No mês de maio, comemora-se o Dia do Zootecnista. Pensando nisso, a comissão traz uma homenagem ao zootecnista e ex-colega de comissão, professor Harold Ospina Patino, falecido em 2019. Além disso, no próximo mês se dá início a Semana do Alimento Orgânico, data importante para divulgação do tema.

A cartilha está disponível em:

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➡️Instagram
➡️Twitter

O QUE MUDOU NA NOVA LEGISLAÇÃO DA PECUÁRIA ORGÂNICA?

O canal Futuro com Floresta promoveu uma entrevista sobre as mudanças normativas com a publicação da Portaria nº 52/2021 do Ministério da Agricultura que interferem na produção de produtos de origem animal orgânicos e agroecológicos é o tema desta entrevista.

Assista  AQUI a entrevista completa.

 

Participaram da entrevista:

Julia Neves, Médica Veterinária e Professora do curso superior em Tecnologia em Agroecologia do Instituto Federal de Brasília.

Angela Escosteguy, Médica Veterinária e Presidente do Instituto do Bem-Estar.

 

Iniciativa em parceria com o Núcleo de Estudos em Agroecologia – NEA Camdombá do IFB.

No intagram: @nea.candomba https://www.instagram.com/nea.candomba/

No facebook: https://www.facebook.com/neacandomba/

O conteúdo também estará disponível no canal do Pod Cast Chá com Agroecologia disponível no Spotify: https://open.spotify.com/show/2NPTB8I…

 

CURSO PECUÁRIA ORGÂNICA: RUMINANTES E PASTAGENS

O Instituto do Bem-Estar (IBEM)  em conjunto com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul através da Faculdade de Veterinária, dentro do PROGRAMA FAVET Sustentável  promove o Curso Pecuária Orgânica: ruminantes e pastagens, na modalidade EAD (virtual) que ocorrerá a partir do mês de junho, através da plataforma Hotmart.

Objetivo do curso

O curso visa qualificar pessoas de diferentes origens da nossa sociedade para manejar ruminantes e pastagens dentro das normas brasileiras dos sistemas de produção orgânica que foram alteradas recentemente pela Portaria n.º 52 de 15 de março de 2021.

Público alvo

O curso é aberto à comunidade em geral e visa repartir conhecimentos para qualificar produtores, estudantes, técnicos, consumidores, comerciantes e público em geral. Para seguir o curso é aconselhável ter cursado ou estar cursando graduação ou curso técnico na área de veterinária, zootecnia, agronomia, biologia, ecologia ou permacultura ou ao menos ter familiaridade com animais ou com o setor agropecuário.

Benefícios de quem fizer o curso

– Saberá o que proibido, o que é obrigatório e o que é recomendado fazer para  criar animais no sistema orgânico, de acordo com legislação brasileira.

– Conhecerá as possibilidades de manejo de pastagens e de animais de acordo com os diversos biomas e realidades.

– Terá uma noção do mercado de orgânicos, para aproveitar a demanda local e mundial de alimentos orgânicos de origem animal.

Estrutura do curso

O curso compreende:

  • Aulas gravadas com acesso por 6 meses após a matrícula.
  • Acesso ao Grupo Exclusivo de alunos via WhatsApp.
  • Material de apoio: textos e vídeos indicados.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Modulo I – Boas vindas e informações sobre o Curso

Módulo II – Contextualização e bases

  •  1: Produção animal com qualidade de vida para todos
  •  2: Sistemas da produção de alimentos
  •  3: Bases, princípios e requisitos gerais do sistema orgânico

Módulo III – Legislação brasileira de produção orgânica: o que é obrigatório,  o que é recomendado, o que é proibido

  •  1: Início, documentos, conversão,  aquisição de animais
  • 2: Nutrição animal
  • 3: Ambiente da criação, bem-estar, manejo e reprodução
  • 4: Sanidade e terapêuticas

Módulo IV: Gerenciamento e Manejo holístico de pastagens

  • 1: Princípios do Gerenciamento Holístico
  • 2: Processos do ecossistema
  • 3: Planejamento holístico do manejo do pastejo
  • 4: Planejamento da propriedade

Módulo V: Pastoreio Racional Voisin – PRV

  • 1: Apresentação e fundamentos do PRV
  • 2: Formação e manejo de pastos
  • 3: Manejo dos animais em PRV
  • 4: Desenho de um projeto PRV

Módulo VI : Sistema Silvo Pastoril

  • 1: Apresentação
  • 2: Introdução e contexto ambiental
  • 3: Definição, objetivos e tipos
  • 4: Interações entre árvore e animal e árvore-pastagem
  • 5: Interações entre árvore-solo animal-pastagem
  • 6: Cercas vivas, bancos forregeiros e árvores em faixas nas pastagens
  • 7: Tipos de SSP

Módulo VII – Alimentos e mercado

  • 1: Alimentos, qualidade e certificação
  • 2 : Mercado e consumo consciente
  • 3 : Sistemas alimentares do futuro
  • 4: Produção e Comercialização Animal Orgânica – Case Korin

 

DOCENTES/FACILITADORES       

Alberto Miguel – Engenheiro Agrônomo formado pela ESALQ – USP com Mestrado em Produção Animal Sustentável pelo Instituto de Zootecnia do Estado de São Paulo (IZ – APTA – SP) e Pós-Graduação “latu sensu” em Perícias de Engenharia e Avaliações pela FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado – SP.  É praticante de Gerenciamento Holístico e consultor em manejo de pastagens.

André Macke Franck – Médico Veterinário formado pela URCAMP- Bagé-RS, Extensionista Rural da EMATER-RS/ASCAR em Vale do Sol-RS, com Pós-Graduação em Agroecologia e Produção Orgânica- UERGS-RS. Coordenador do Grupo Técnico de Bovinocultura de Leite do Escritório Regional da EMATER-RS de Soledade-RS. Integrante da Comissão de Pecuária Orgânica do CRMV-RS. Integrante dos comitês de saúde & bem-estar e gestão & sistemas produtivos da FIL/IDF- Brasil (Fédération Internazionale du Lait-International Dairy Federation).

Luiz Carlos Demattê Filho – Médico Veterinário pela UNESP – Botucatu. CEO da Korin Agricultura e Meio Ambiente LTDA. Pós-doutorando na EAESP/FGV no Departamento de Gestão de Operações e Sustentabilidade. Mestrado em Zootecnia em Nutrição Animal pela UNESP – Botucatu. Presidente da Câmara Temática da Agricultura Orgânica – CTAO. Membro do Conselho Estratégico do Programa Nacional de Insumos Biológicos – CEPNBio

Angela Escosteguy – Médica Veterinária pela UFRGS e Mestrado pelo Instituto Nacional Agronômico de Paris em Ciências Alimentares.  Atuou no  MAPA como coordenadora da CPORG-RS e do GT Nacional de Produção Animal Orgânica. É membro da IAHA – Aliança para Pecuária da IFOAM – Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica e foi Coordenadora da IFOAM/AL. Sócia fundadora e atual Diretora do Instituto do Bem-Estar (IBEM), e atual Coordenadora da Comissão Pecuária Orgânica do CRMV-RS.

Marcia Monks Jantzen – Médica Veterinária pela UFPEL, Doutora em Ciência e Tecnologia Agroindustrial pela UFPEL e INIA-Espanha. Atualmente é Professor Associado na Faculdade de Veterinária e docente permanente do Programa de Pós-Gradução em Alimentos de Origem Animal (Mestrado Profissional), da UFRGS. Membro da CPORG-RS/ MAPA e da Comissão de Pecuária Orgânica no CRMV-RS.

Maria Helena Abreu – Médica veterinária pela UFV/Brasil com mestrado em Ciências Agrícolas na Georg-August-Universitaet em Goettingen/ Alemanha com o tema de pesquisa sobre Integração da agricultura com a bovinocultura de leite e Doutorado em “Agroforestería Tropical” (com o tema Sistemas Silvopastoris) no Centro Agronómico de Investigación y Enseñanza (CATIE)/ Costa Rica. Atual Professora Principal e especialista em Sistemas Silvopastoris Departamento de Produção Animal – Universidad Nacional Agraria La Molina, Lima, Perú.

INSCRIÇÕES

INVESTIMENTO (R$):

BOLSA-COLABORAÇÃO ( 10 bolsas)

Seguindo sua tradição, o IBEM oferece bolsas de 50% de desconto no valor da inscrição para estudantes de cursos técnicos ou superior que queiram retribuir auxiliando os organizadores do Curso e tenham a recomendação de algum professor do seu curso. As atividades solicitadas serão de ordem administrativa relacionadas ao curso, como alimentação da biblioteca on-line, envio de mensagens, preenchimento dos certificados, dentre outras.

Para solicitar a bolsa o estudante deve enviar para o e-mail: ibembrasil.org@gmail.com os seguintes documentos:

  1. Carta de intenções relatando porque deseja realizar o curso e onde pretende aplicar os conhecimentos adquiridos;
  2. Carta de recomendação de um professor ou orientador.
  3. Certificado de matrícula;

Será dada preferência aos que tenham possibilidade de usar e compartilhar seus conhecimentos em alguma comunidade, grupo ou associação.

GARANTIA DE 7 DIAS – seu dinheiro de volta

De acordo com a plataforma Hotmart, você pode assistir todas as aulas e ter acesso ao bônus exclusivo e se por algum motivo você não ficar satisfeito com o treinamento, basta entrar em contato com o suporte e solicitar 100% o reembolso do valor enviado.

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IBEM COLABORA COM CAMPANHA DO MATERIAL ESCOLAR

Em parceria com a  ONG Peregrinos Revolucionários, o IBEM participou mais uma vez na Campanha do Material Escolar, este ano muito enfraquecida pela pandemia. Foram entregues 63 kits compostos de cadernos, canetas, lápis de cor, cola e borrachas. Este é o 5º ano que o IBEM participa desta iniciativa em conjunto com Claudio Roberto da Costa, da ONG Peregrinos Revolucionários. O objetivo é apoiar as famílias que tem poucos recursos e incentivar as crianças a ir para a escola.

Na foto, Cláudio Costa e Angela Escosteguy do IBEM entregam o material para Renato Marques da SUVE – Sociedade União da Vila do Eucalipto, bairro Mário Quintana.

Agradecemos  aos que colaboraram: Paulo Grossi Eireli, Sérgio Fernandes, Márcia Menegatti Arregui, Thais Oliveira, Giane Siciliane da Rosa e Liege Marranghello e Luiza Kliemann do Merkabah. Com solidariedade o mundo fica mais feliz!

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO E INTERESSE SOBRE PECUÁRIA ORGÂNICA

A Comissão Pecuária Orgânica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) está realizando uma pesquisa em formato de questionário sobre Pecuária Orgânica e Alimentos Orgânicos, com o objetivo de conhecer o grau de interesse, conhecimento e demandas da classe nesta área recente de atuação profissional. A pesquisa visa ouvir médicos veterinários, zootecnistas e estudantes de ambas profissões que residam no Rio Grande do Sul e também recebe participação de pessoas de outras profissões e residentes em todo país e exterior.
Desta maneira teremos dados para identificar as necessidades não só da nossa classe mas também da sociedade como um todo. Através dos resultados poderemos planejar ações, pesquisas, eventos e conteúdos que capacitem sobre este assunto de interesse crescente no mundo. O questionário estará disponível para receber respostas até 15 de abril.
✅ Para responder:
    Acesse o questionário através do link https://forms.gle/io8rjfMKfrrTBoJe8.

CURSO VIRTUAL PRODUÇÃO DE OVOS E FRANGOS ORGÂNICOS

Depois de vários anos com cursos presenciais, oficinas e dias de campo, tendo em vista a pandemia e muitas solicitações de informações, o IBEM organizou pela primeira vez um curso online na área de avicultura.

De acordo com Angela Escosteguy, Diretora fundadora do IBEM, a procura por alimentos orgânicos vem crescendo o que é excelente para o meio ambiente, para os animais que são criados soltos, para os consumidores que recebem alimentos seguros e para os produtores que têm um produto com maior valor de mercado e pouca concorrência no mercado.

O curso na modalidade virtual possibilitou o acesso de pessoas em várias partes do mundo. Participaram 35 pessoas de tod o Brasil e também da Argentina e Perú.

Foram 8h de aulas ao vivo que  ocorreram em novembro, uma vez por semana, com apresentação de slides e discussões ao vivo.

O Curso ofereceu também complementarmente

  • Vídeos e textos recomendados
  • Grupo exclusivo de alunos para discussões e interação.

 

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

  • Planejamento geral, objetivo, local
  • ização
  • Legislação: o que é proibido, o que é obrigatório
  • Modelo de galinheiro: fixo e móvel
  • Manejo das pastagens, tipos de cercas
  • Nutrição e bem- estar animal
  • Controle de parasitoses
  • Noções do uso de homeopatia e plantas bioativas e medicinais
  • Compostagem e biossegurança
  • Comercialização de ovos: inspeção e certificação

DOCENTES

O Curso foi organizado e ministrado por Angela Escosteguy, Med. Veterinária pela UFRGS  e Mestrado pelo Instituto Nacional Agronômico de Paris. Atuou no MAPA como  Coordenadora da Comissão Estadual de Produção Orgânica/RS e do GT Nacional de Produção Animal Orgânica. É membro da IAHA – Aliança para Pecuária da IFOAM – Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica e foi Coordenadora da IFOAM/AL. Atualmente é Diretora do Instituto do Bem-Estar e Coordenadora da Comissão Pecuária Orgânica do CRMV-RS.

DOCENTES COLABORADORES

  1. Maria Helena Souza de Abreu, Méd. veterinária pela UFV, Mestrado na Universidade de Goettingen e doutorado na Costa Rica, com especialização em Sistemas Silvopastoris. Atualmente Professora da Faculdade de Zootecnia da Universidad Nacional Agraria La Molina, em Lima, Perú.

Apresentou: INTRODUÇÃO DE ÁRVORES E ARBUSTOS NA CRIAÇÃO ORGÂNICA DE AVES (OPÇÃO SILVOPASTORIL).

  1. Carlos Mikael Mota, Zootecnista, Mestre em Produção animal e Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

Apresentou: FORMULAÇÃO DE  RAÇÃO REGIONAL PARA AVES NO BIOMA AMAZÔNICO

  1. Marcelo T. Stumpf, Eng. Agrônomo pela UFPel, doutor em zootecnia pela UFRGS e hoje docente do curso de Agroecologia da Universidade Federal do Rio Grande – Campus São Lourenço do Sul/RS.

Apresentou: LARVAS DE MOSCA SOLDADO NEGRO (HERMETIA ILLUCENS) PARA ALIMENTAÇÃO DE POEDEIRAS E FRANGOS.

  1. Flávio Figueiredo, Med. veterinário, mestre em Bioquímica pela UFRGS , foi assessor técnico do projeto produção com subproduto da batata doce (Embrapa Clima Temperado) e em diversos projetos produção orgânica animal. Produtor de ovos orgânicos em Eldorado do Sul/RS desde 2012.

Apresentou: ALIMENTOS FERMENTADOS PARA AVICULTURA ORGÂNICA

  1. Fernando Beccon Nerva, méd. Vet. UFRGS, pós graduação inspeção produtos de origem animal, representante do laboratório Ghenvet fabricante do produto BioVerm, fungos nematófagos. Atualmente produtor rural em Caxias do Sul e N. Petrópolis: frutíferas, ovinocultura e avicultura em transição para orgânicos.

Apresentou: USO DE FUNGOS NEMATÓFAGOS NO CONTROLE DA VERMINOSE DE AVES

 

MATERIAL EDUCACIONAL DA SEMANA DA ALIMENTAÇÃO

Durante a Semana Mundial da Alimentação, a Comissão Pecuária Orgânica do CRMV-RS com a colaboração do IBEM organizou a elaboração do material educacional sobre Alimentos Orgânicos.

Desta forma, a  pecuária orgânica deu sua contribuição para  a segurança alimentar, tema que marcou a Semana Mundial da Alimentação. Vários banners educativos foram elaborados e divulgados virtualmente. Veja abaixo.