IBEM PARTICIPA DE CAMPANHA DE DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL ESCOLAR

Semana passada ocorreu a entrega do material escolar da campanha organizada pelos Peregrinos Revolucionários.

Este ano foram entregues pastas com material escolar para crianças do Bairro Umbu, em Alvorada, Lar Esperança e Aldeia Kaigang, no morro Santana.

Pelo quinto ano o IBEM se sente feliz por fazer parte desta iniciativa. É sempre uma alegria poder dar nossa modesta contribuição para iauxiliar as crianças a estudar.

Oficina plantas medicinais

Painel Importância da Pecuária

Em comemoração ao Dia do Pampa, foi realizado no 16 de dezembro/2022
o painel virtual: A importância da pecuária para a preservação do bioma Pampa,
uma realização do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio grande do
Sul através da sua Comissão de Pecuária Orgânica.

  • O painel foi moderado pela Méd. Vet Angela Escosteguy, Presidente da Comissão
    de Pecuária Orgânica e foi composto de dois blocos:
    Bloco 1 – Apresentações de especialistas em pecuária de base agroecológica
    • Eng. Agr. Carlos Nabinger – Prof. titular aposentado da Ufrgs, Especialista
    em uso e manejo conservacionista de pastagens nativas.
    • Méd Vet Marcos Flávio Borba – pesquisador Embrapa Pecuária Sul,
    Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Pecuária Familiar
    Agroecológica
    • Eng. Agr. Alberto Miguel – Especialista em Gerenciamento e Manejo
    Holístico de pastagens.
    Bloco 2 – Depoimentos de criadores de animais com práticas agroecológicas
    • Méd. Vet Márcia Duarte – Administradora da Fazenda Martimar/Canguçu,
    Projeto lone-tick desde 2021, em transição para orgânicos.
    • Méd. Vet Luiza Cheuiche – Administradora da Fazenda Sto. Antônio do
    Parové/ Alegrete, em transição para pecuária orgânica com uso de
    homeopatia e manejo de pastagens desde março/22.
    • Eng. Agr. Miguel Guedes – Gestor da Fazenda São Miguel/Mostardas,
    trabalhando com pastoreio em ILP desde 2020.
  • O evento foi transmitido ao vivo pelo https://www.youtube.com/@CRMVRS1/streams
    com duração de aproximadamente 3 horas e trinta minutos.
  • O público participante no momento da transmissão foi de 25 pessoas de vários
    estados e instituições, com alcance junto a UFPel, Palmeira das Missões, UFSM,
    Tramadaí – RS, Comissão de Produção Orgânica do RS e do RJ (CPORG-RS e
    CPORG-RJ/ MAPA, Bananal – SP e outras localidades.
  • Após o evento já foram computadas 199 visualizações da gravação do evento no
    canal do CRMV-RS (5 dias posteriores).
  • Ocorreram várias manifestações pelo chat, com perguntas e elogios foi pela sua
    qualidade técnica e relevância do tema. Seguem as mais relevantes:
    Leonardo Perez : Excelente como sempre Prof Nabinger
    Bruno Prates : Ótimas apresentações do Flávio e do Nabinger!
    Silvia Resende Terra: Gostaria de perguntar se vocês não gostariam de criar um
    evento multidisciplinar sobre esse assunto? Um evento com pesquisadores da área
    de nutrição humana , biologia bioquímica ecológica ?
    Márcia Monks Jantzen: parabéns pelo lindo trabalho, Márcia!!!!
    Bruno Prates: Que bela apresentação e belos resultados, Marcia. Parabéns!
    Amanda de Souza da Motta: Parabéns Marcia pelo trabalho desenvolvido
    Silvia Resende Terra: Dicas valiosas do Alberto ! Vcs estão de parabéns pelo painel
    virtual!
    Bruno Prates: Que lindo ver o protagonismo feminino na Pecuária e na preservação
    do Pampa. Parabéns pela iniciativa do evento.
    Márcia Monks Jantzen: adorei ouvir a experiência dessas pecuaristas! Orgulho!
    Parabéns, Luiza.
    Silvia Resende Terra: Incrível ! Um exemplo inspirador!
    Jorge Luiz Dias de Dias: Parabéns a todos!!! Foi uma tarde muito
    produtiva…obrigada pelas experiências apresentadas.
    Cassia Martins Ferreira: ótima tarde!! esperamos por mais oportunidades!! obrigada
    aos professores e pesquisadores, e em especial, aos produtores!!
    Bruno Prates: Parabéns pelo trabalho realizado Miguel. Ótima tarde, obrigado pela
    oportunidade.
  • Apesar dos problemas técnicos na transmissão do evento, consideramos que o
    evento atingiu bem seus objetivos. Agradecemos ao CRMV-RS pelo apoio e o
    esforço de todos em especial ao Marcos Borba, Luiza Cheuiche, Favorino Collares,
    Amanda Motta e Márcia Jantzen que colaboraram diretamente com o evento.

Memória elabora por Amanda Motta e Angela Escosteguy.
Porto Alegre, 21/12/22.

CURSO PECUÁRIA ORGÂNICA EM SEROPÉDICA/RJ

CURSO PECUÁRIA ORGÂNICA

Como produzir leite e ovos orgânicos

O  Instituto do Bem-Estar (IBEM) em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro realiza o Curso de Extensão Universitária Pecuária Orgânica: Como produzir leite e ovos orgânicos que ocorrerá em dois módulos: 7 a 9 de dezembro/22 e 7 a 9 de fevereiro/23.

O Curso conta com o apoio do Ministério da Agricultura e é aberto à comunidade em geral e visa repartir conhecimentos para qualificar pessoas de diferentes origens da nossa sociedade sobre os sistemas orgânicos e agroecológicos de produção animal e áreas relacionadas, com foco na criação de ruminantes e aves.

PÚBLICO ALVO 

Produtores, estudantes, técnicos, público em geral. Aconselhável ter cursado ou estar cursando graduação ou curso técnico na área de veterinária, zootecnia, agronomia, biologia, ecologia ou permacultura ou ao menos ter familiaridade com animais.

CARGA HORÁRIA E LOCAL 

O Curso terá dois módulos de 24 h  cada um, totalizando 48 h de aulas teóricas que ocorrerão no Instituto de Zootecnia/UFRRJ, em Seropédica e as atividades práticas em propriedades em fase de transição ao sistema orgânico. As atividades ocorrerão no horário comercial, das 8:30 h às 17:30 h, com intervalo para almoço.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

MÓDULO 1

  • Evolução dos sistemas de produção de alimentos
  • Bases e perspectivas da pecuária orgânica
  • Planejamento inicial
  • Passo a passo para a conversão
  • Abrigos : localização e modelos
  • Piquetes e cercas
  • Bem-estar animal
  • Pastagens e manejo 

PRÁTICA: Visita à propriedade para exercício de planejamento (passo a passo) para transição ao modelo orgânico.

MÓDULO 2

  • Manejo sanitário para controle de parasitoses e biossegurança
  • Legislação de produção animal orgânica: o que é proibido, o que é obrigatório
  • Uso de plantas bioativas e medicinais (noções)
  • Uso de medicamentos homeopáticos (noções)
  • Sistemas agroflorestais de criação de animais ( SSP)
  • Alimentos orgânicos: características, certificação e mercado

PRÁTICA: Oficina de preparo de fitoterápicos

DOCENTES

Angela Escosteguy Médica Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Mestrado pelo Instituto Nacional Agronômico de Paris-Grignon/França. Especializada em Pecuária Orgânica, atuou no  MAPA como coordenadora da Comissão Estadual de Produção Orgânica/RS e do GT Nacional de Produção Animal Orgânica. Atual coordenadora da Comissão Pecuária Orgânica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS. A nível internacional é membro da IAHA – Aliança para Pecuária da IFOAM – Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica, tendo sido Coordenadora da IFOAM/AL. Co- fundadora e atual Diretora do Instituto do Bem-Estar (IBEM), coordena capacitações e formação de redes para o desenvolvimento da pecuária orgânica no Brasil e no exterior.

Elisa Modesto – Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em manejo, nutrição, comportamento e bem estar animal, produção orgânica, aproveitamento de resíduos da agroindústria (silagem e feno de rama de mandioca, bagaço de azeitona), Bovídeos, avaliação dos produtos de origem animal. Atualmente, é professora do magistério superior da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Está lecionando disciplina de Bioclimatologia Animal, Etologia Zootécnica e Bem-Estar Animal.

Argemiro Sanavria – Possui Graduação e Mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Doutorado em Ciências Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Pós-Doutorado pela Universidade Nacional Agrária de Habana (UNAH)-CUBA . Atualmente é Professor Titular do departamento de Medicina Veterinária Preventiva/ UFRRJ. Tem experiência na área de Medicina Veterinária Preventiva, com ênfase em Sanidade Animal, Assessoria Técnica, Programa de Boas Práticas em fazendas, atuando em: Bioecologia, Controle integrado de parasitoses de importância veterinária e na saúde pública, avaliação clínica e da eficácia de medicamentos e resíduos contaminantes de fármacos de uso convencionais e alternativos. (Homeopatia e Fitoterapia).

Greicy Sofia Maysonnave – Graduada em Zootecnia pela Universidade Federal de Santa Maria Mestrado e Doutorado (em Zootecnia pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia pela UFSM. Graduação em Programa Especial de Formação de Professores. Professora colaboradora do Grupo de Pesquisa e Extensão em Cadeias Produtivas do Pampa (PECPAMPA – UFSM) (2013 – Atual). Professora coordenadora do Grupo de Estudos Aplicado ao Desenvolvimento do Agronegócio – GEADA. Atualmente é Professora Adjunta na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ – Instituto de Zootecnia). Atua na área de Planejamento e Gestão na Produção Animal.

Maria Helena Souza de Abreu – Médica veterinária pela Universidade Federal de Viçosa, tem Mestrado em Ciências Agrícolas na Georg-August-Universitaet em Goettingen, Alemanha com o tema de pesquisa sobre Integração da agricultura com a bovinocultura de leite no Rio Grande do Sul. Tem Doutorado em “Agroforestería Tropical” (com o tema Sistemas Silvopastoris) no Centro Agronómico de Investigación y Enseñanza (CATIE) em Costa Rica. Atualmente é professora principal e especialista em Sistemas Silvopastoris, no Departamento de Produção Animal da Faculdade de Zootecnia da Universidad Nacional Agraria La Molina, Lima, Perú.

CERTIFICADOS

Receberão certificados de Curso de Extensão Universitária os participantes com o mínimo de 75% de frequência nas aulas teóricas e que tiverem participado das atividades práticas.

INSCRIÇÕES (vagas limitadas)

Valores para os dois Módulos: 

Inscrições Profissionais Estudantes
Até 05/12 R$ 380,00 R$ 180,00
Após 05/12 R$ 450,00 R$ 220,00

Valores para Módulo 2, de 7 a 09 de fevereiro:

Inscrições Profissionais Estudantes
Até 05/02 R$ 240,00 R$ 120,00
Após 05/12 R$ 300,00 R$ 150,00

Obs. Comunidade da UFRRJ tem desconto de 50%. 

Os estudantes devem enviar o comprovante de matrícula para o e-mail: ibembrasil.org@gmail.com

As vagas serão limitadas e por ordem de inscrição mediante comprovante de pagamento.

Em caso de desistência por parte do aluno, não haverá devolução do valor pago. 

Para inscrição: CLIQUE AQUI : https://forms.gle/MvjEQDYBjeVsvjtd8

LANÇAMENTO DO MANUAL DE AVICULTURA ORGÂNICA EM FLORIANÓPOLIS

O evento ocorreu  durante a reunião do grupo Litoral de certificação participativa da Associação Biodinâmica do Sul (ABDSul) ,  na Fazenda Ressacada, pertencente à UFSC. Na ocasião, o Núcleo de Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) recebeu a certificação de produção biodinâmica para produção de lã de ovinos e hortaliças.

O NEA desde  2012 vem desenvolvendo importantes e pioneiros projetos, com  apoio do CNPQ , na busca de alternativas não químicas para o controle da verminose ovina em sistemas sustentáveis de produção animal e também na prospecção de substâncias naturais para o tratamento e controle de miiases. Os ovinos são certificados  orgânicos desde 2021, sendo criados em sistema rotacionado e tratado com produtos homeopáticos e fitoterápicos para controle de verminoses. Muito interessante também o projeto Ovelhas Azuis que desenvolve tingimentos naturais para lã ovina agroecológica.

O NEA  é coordenado pelas professoras Patrizia Ana Bricarello e Marilia Carla de Mello Gaia, do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural. Foi o primeiro setor de uma universidade federal brasileira a possuir um selo de produção orgânica. Para Nelson Jacomel, presidente da  ABDSul, “ entendemos a oportunidade para ampliar o debate sobre o tema do Animal no organismo agrícola e convidamos a médica veterinária Angela Escosteguy, para compartilhar o contexto do papel do animal na sociedade atual, considerando as condições em que vivem estes seres em nossa sociedade planetária.”

PECUÁRIA ORGÂNICA NA EXPOINTER

 QUAL ALIMENTO QUEREMOS NA MESA?

Por Angela Escosteguy *

O dia mundial da alimentação nos convida a uma reflexão. Dois pontos são básicos: qual o melhor modelo de produção de alimentos e quais alimentos queremos para o futuro. Cada vez mais nos damos conta dos limites físicos do planeta, do crescimento da população, da destruição dos ecossistemas e da diminuição das terras agricultáveis tanto pelo  mau manejo quanto pelo avanço das cidades.

A revolução verde no século passado nos envolveu com sua tecnologia, com a avalanche de insumos químicos e suas promessas.  O arsenal de fertilizantes químicos, agrotóxicos, medicamentos veterinários e depois os transgênicos nos fascinaram,  mas não cumpriram sua principal promessa de acabar com a fome, além de provocar  inúmeros problemas de contaminação  do ambiente, pessoas e alimentos e, ainda,  elevar os custos de produção.  Sem dúvida houve grande aumento da produção de alimentos no mundo, entretanto  a fome não foi resolvida. E o Brasil é um claro exemplo disso, somos o terceiro maior produtor de alimentos do mundo, principalmente grãos e carne e, no entanto,  33 milhões de brasileiros passam fome. A fome aqui não é por falta de comida. 

Em todo o mundo cresce a preocupação com o aquecimento global, com o uso de agrotóxicos e também  surgem questionamentos quanto os princípios éticos de criação dos animais mantidos em confinamento onde o bem-estar dos animais é comprometido. Nesta discussão surgem propostas bem diferentes, quase opostas. 

 Por um lado, multiplicam-se em vários países os modelos agroecológicos de produção de alimentos onde a preservação dos biomas e o bem-estar das pessoas e dos animais é priorizado. Aqui no Brasil, o consumo de alimentos orgânicos vêm aumentando ao redor de 30% ao ano desde a pandemia,  provavelmente pela percepção das pessoas de que os orgânicos são mais saudáveis em relação a possíveis resíduos químicos e mais nutritivos, além de mais saborosos. Segundo a FAO, os alimentos orgânicos têm maiores índices de vitaminas, minerais e Ómega 3. Nosso país com sua imensidão de terras férteis, abundancia de águas e clima ameno tem todas as condições para produzir alimentos de origem vegetal e animal em modelos agroecológicos que convivem,  preservam e recuperam biomas e os animais silvestres. 

Por outro lado,  entraram em cena os alimentos de base vegetal que usam  como emblema a ilusão de estar salvando o planeta e defendendo os animais. Porém, o que muitos desconhecem é que estes alimentos , na sua grande maioria, são provenientes de monoculturas vegetais que substituem a vegetação natural acabando com o habitat dos animais silvestres. Além disso, a maioria usa toneladas de agrotóxicos que envenenam e diminuem sensivelmente a recuperação dos biomas naturais. Aqui, do nosso Pampa resta cerca de 40% pelo avanço das lavouras principalmente de soja. E ainda, mais recentemente surgiram os alimentos ultra processados e células cultivadas em laboratório trazidos por empresas que apresentam soluções tecnológicas que visam substituir produtos de origem animal e outros alimentos. Assim, alimentos reais e ricos em nutrientes estão desaparecendo gradualmente. Tem mel que não é de abelhas, carne que não vem de animais , leite que não vem da glândula mamária de mamíferos, pescados que não vem da água, todos com um aparência, coloração, aroma e  sabor artificiais. Claro que todos somos livres para escolher o que queremos comer, mas o nome deve ser claro e não um engodo. Por que chamar de leite , carne, manteiga, queijo, mel, peixe, produtos oriundos de estratos de plantas ou do cultivo de células em laboratório? 

Para Vanda Shiva  “ a agricultura industrial está reinventando seu futuro com base na “agricultura falsa” com “alimentos falsos”, com produtos químicos e OGMs, drones de vigilância e spyware. Agricultura sem agricultores, agricultura sem biodiversidade, agricultura sem solo, é a visão de quem já nos levou à beira da catástrofe. É por isso que a carne artificial, investida pelos magnatas gigantes da pecuária industrial, não são alternativas viáveis. Nas últimas décadas, tivemos a ilusão de que os químicos e as corporações eram os que alimentam o mundo, mas o que realmente alimenta o mundo é a terra, o sol, a água, a fotossíntese, os insetos que polinizam os cultivos,  os micro-organismos que produzem nutrientes para as plantas e os animais que reciclam e fertilizam o solo e proporcionam nossos alimentos. A  comida deixou de ser uma fonte de nutrientes e se tornou um produto, algo com o qual se especula e se obtém um benefício econômico. A grande ameaça para o bem-estar do planeta e a saúde de seus habitantes é a agricultura globalizada e industrial e sua forma de produzir, processar e distribuir os alimentos”. 

E você, qual tipo de alimento prefere ter no seu prato?

Referências: 

SHIVA, V. ¿Quién alimenta realmente al mundo? El fracaso de la agricultura industrial y la promesa de la agroecología. Trad. Amélia Pérez de Villar. Madrid: Capitán Swing, 2017.

*Angela Escosteguy, médica veterinária, diretora do Instituto do Bem-Estar (IBEM), email: angelaibembrasil@gmail.com.

MANUAL DE AVICULTURA ORGÂNICA ORIENTA SETOR PRODUTIVO

SAIBA O QUE OBRIGATÓRIO, O QUE É PROIBIDO E O QUE É RECOMENDADO.

Buscando orientar técnicos, produtores, criadores, estudantes, professores e profissionais interessados sobre as normas de criação de aves em sistema orgânico de produção, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Instituto do Bem-Estar (IBEM), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lançam o Manual de Avicultura Orgânica, com foco nas galinhas de postura e frangos de corte (Gallus gallus domesticus). A publicação faz parte de uma série sobre produção animal orgânica, sistema de produção que vem crescendo no Brasil e no mundo e é carente de informações técnicas específicas.

“Este manual traz um conteúdo técnico e atualizado de fácil leitura para todos os produtores e profissionais. Certamente será uma importante ferramenta na difusão da pecuária orgânica brasileira”, explica a auditora fiscal federal agropecuária, Michele de Castro Iza.

O conteúdo informa o que é proibido, o que é obrigatório e o que é recomendado a fazer na produção de aves orgânicas, tendo em vista a atualização da legislação de produção orgânica brasileira, pela publicação da Portaria 52/2021.

“Quando o objetivo é a produção e comercialização de carne ou ovos orgânicos certificados, todos os detalhes devem atender exatamente o estabelecido pela legislação brasileira de produção orgânica, além das normas para registro de estabelecimentos avícolas exigidos pelos Serviços Veterinários Oficiais”, explica a médica veterinária e diretora do IBEM, Angela Escosteguy.

Aos criadores que atuam no sistema orgânico de produção ou aqueles que pretendem converter ou iniciar nesse ramo, o manual de Avicultura Orgânica é organizado em temas como documentação, conversão, bem-estar animal, nutrição, ambiente da criação e sanidade.

Eventos

A divulgação do manual ocorrerá em diversos eventos com a participação de técnicos, estudantes e produtores.

No dia 18, o lançamento ocorrerá na Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ). Em Brasília, será realizada uma roda de conversa sobre Avicultura Orgânica, no dia 23 de agosto, no Instituto Federal de Brasília (IFB). Nos dias 25 e 26, São Paulo terá palestras de apresentação do Manual na sede da Fundação Mokiti Okada e na sede do Projeto Natureza Conecta. Já no dia 29, será realizado um evento na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis.

“A demanda por produtos orgânicos vem aumentando significativamente em nosso país e no mundo. O consumidor está cada vez mais atento às características positivas que o produto orgânico agrega. A produção animal orgânica precisa ser estimulada cada vez mais, pois nosso país tem grande potencial para a aplicação dos requisitos para a qualidade orgânica e bem-estar animal”, ressalta a coordenadora da Produção Orgânica, Virgínia Lira.

O Manual pode ser acessado gratuitamente através do QR Code na imagem.