CURSO E DIA DE CAMPO PECUARIA ORGÂNICA E HOMEOPATIA

O  Instituto do Bem-Estar (IBEM) em parceria com a Fazenda Santo Antônio promove  o Mini Curso Pecuária Orgânica e homeopatia com o objetivo de avançar nas práticas de manejo agroecológico de animais em transição ao sistema orgânico de produção.

O Curso conta com o apoio do  Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS  e visa qualificar pessoas sobre os sistemas orgânicos de produção animal, com foco na criação de bovinos e uso da homeopatia no gado. 

CONTEÚDO

– Bases da pecuária orgânica

– Planejamento da transição ao sistema orgânico

– Controle de parasitoses em especial o carrapato: uso de homeopatia.

PÚBLICO-ALVO  

Aberto à comunidade em geral, a atividade visa qualificar produtores, estudantes, técnicos, entre outros profissionais de diversas áreas interessados em conhecer o sistema orgânico de criação de bovinos e ovinos. 

FACILITADORES  

Angela Escosteguy – Médica Veterinária pela UFRGS e Mestre em Ciências Alimentares  pelo Instituto Nacional Agronômico de Paris/França.  Membro GT Animal da IFOAM – Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica. Especializada em Pecuária Orgânica, é sócia-fundadora e Diretora do Instituto do Bem-Estar (IBEM), 

João Vasco Bandeira Dutra Júnior – Médico Veterinário pela UFPEL, com Especialização em Homeopatia aplicada aos animais e Homeopatia farmacêutica. Atualmente desenvolve assessoria veterinária na gestão e manejo sustentável, bem como desenvolve pesquisas referentes ao controle de parasitas externos de bovinos.

Luiza Rodrigues Cheuiche  – Médica Veterinária pela UFRGS, com Especialização em Modulação hormonal e em Homeopatia. Participou do Curso Pecuária Orgânica IBEM. Proprietária da Toca Consultório Veterinário e Pet shop. Produtora rural na Fazenda Santo Antônio do Parové, em fase de transição para o sistema orgânico.  

LOCAL

Fazenda Santo Antônio do Parové/ Alegrete/RS fica a 46 km (asfalto) da cidade de Rosário do Sul + 4 km internos de terra.

https://maps.app.goo.gl/GezVzKRTWwmvFY9B8

CARGA HORÁRIA 

Dia 9, sexta-feira : aulas teóricas. Das  9:30 h   às 18 :00 h. 

Dia 10, sábado dia de campo com atividades práticas. Das 8:30 h às 17:30 h. 

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Aulas teóricas

  • Sistemas de produção de alimentos
  • Bases  da pecuária orgânica
  • Planejamento para  a conversão ao sistema orgânico
  • Sanidade no sistema orgânico
  • Uso de medicamentos homeopáticos (noções)

Atividades práticas

  • Visita à propriedade para exercício de planejamento (passo a passo) para transição ao modelo orgânico
  • Demonstração de preparo de sal homeopatizado 
  • Coleta para realização de nosódio de carrapato. 

INVESTIMENTO

Público em geral Ex alunos IBEM Estudantes / Estudantes pós graduação
300,00 270,00 100,00 / 160,00

*.  Inscrições em grupo com desconto. Faça contato.

Os estudantes devem enviar o comprovante de matrícula para o e-mail: ibembrasil.org@gmail.com

Bônus : Guia Transição à Pecuária Orgânica (on-line).

PARA INSCRIÇÃO: https://forms.gle/4Pr6QkMFEdaTzL6z5

As vagas serão limitadas e por ordem de inscrição mediante comprovante de pagamento.

ALIMENTAÇÃO

Os que desejarem fazer as refeições na fazenda, devem fazer contato direto com a proprietária Luiza: fone : 51 99268-5732.

Café da manhã : 15 reais

Almoço: 25 reais

Coffe breack : 10 reais

Jantar: 25 reais

ALOJAMENTO

A Fazenda fica a 45 km (asfalto) da cidade de Rosário do Sul.

Acampamento. Quem desejar pode levar a sua barraca para acampar na fazenda. Fazer contato direto com Luiza:

pagamento.

ALIMENTAÇÃO

Os que desejarem fazer as refeições na fazenda, devem fazer contato direto com a proprietária Luiza: fone : 51 99268-5732.

.

Hotéis em Rosário do Sul

Hotel Areias Brancas

(55) 3231-2363

Hotel Fazenda da Lagoa Ltda

(55) 3231-2233

Hotel Ibicui Centro

(55) 3231-6188

PARA DÚVIDAS SOBRE O CURSO E ATIVIDADES FAÇA CONTATO:

51 99967-1607 ou ibembrasil.org@gmail.com.

IMPORTÂNCIA DA AMOREIRA  NA SUPLEMENTAÇÃO PROTEICA DE CAPRINOS A PASTO

Por Elisa Köhler Osmari*

Figura 1: Amoreiras (Morus alba) para suplementação animal

Além da raça e estágio de lactação, a produção de leite dos ruminantes é afetada pela sazonalidade da pastagem. O inverno sul brasileiro favorece pastagens hibernais de alto conteúdo de proteína bruta (PB), com alta resistência ao frio (Moreira et al, 2001) enquanto o verão propicia gramíneas tropicais. Contudo, existem períodos de vazio forrageiro, decisivos para animais em lactação. Nesse contexto, existe a alternativa da suplementação com família Moraceae. (Doringan et al, 2004). A árvore da amoreira (Morus alba) foi introduzida para cultivo do bicho-da-seda no país, antes da produção em massa de tecidos sintéticos. A amoreira possui importância farmacológica e nutricional (Souza, 2021; Barros e Amorim, 2019): na medicina tradicional chinesa, as folhas, frutos e caules de amoreira são usados no tratamento do Diabetes Mellitus, do colesterol, como sedativo, expectorante, analgésico, diurético e antiepilético (Zeni et al, 2010). As folhas da amoreira são ricas em flavonoides utilizados na indústria farmacêutica (Barros e Amorim, 2019; Wang et al. 2008). Não ocorrem grandes diferenças na composição bromatólogica entre amoreiras do gênero Morusdestinadas à produção de frutas. Já o seu uso para alimentação animal está relacionado às pequenas áreas de agricultura familiar, sendo historicamente usada na Ásia, sua região originária (Souza, 2021). 

Para suplementação de caprinos, a amoreira pode ser usada:

•          Como banco de proteína, em ramoneio;

•          Na forma picada no cocho, até 2 cm de diâmetro;

•          Como feno ou pré-secado picado;

•          Em último caso, como silagem, especialmente de folhas.

A maior seleção pelas cabras ocorre no pastejo no banco de proteína, onde os caprinos são soltos no pomar de amoreiras para pastoreio por 1-2 h/dia. Depois voltam para seus piquetes com gramíneas para obter alimentação mais balanceada entre proteína e energia. Além de palatável para caprinos, a amoreira possui folhas com altas quantidades de proteína, elementos minerais, menos celulose e melhor digestibilidade do que a folha de alfafa ou feno de soja (Dorigan et al, 2004). Por outro lado, os galhos finos picados com as folhas fornecem uma boa fonte de fibra efetiva, evitando a queda da gordura do leite, mesmo combinado com suplemento concentrado. O feno de amoreira é um volumoso proteico que, com tamanho de partícula (picado) ideal, não diminui a gordura no leite, ao contrário de dietas com alto teor de concentrados. Por favorecer a flora ruminal que produz esse equilíbrio de ácidos graxos desejáveis (Osmari et al, 2012), aumenta as gorduras saudáveis do leite como o ácido linoleico conjugado (CLA).

O feno pode ser usado para todos os ruminantes, sendo aconselhável, especialmente para vacas leiteiras, com menor seletividade do que os caprinos, não ultrapassar de 2 cm de diâmetro dos ramos a serem cortados para fornecimento no cocho. Se o diâmetro do picado for grande demais, retarda a digestão no rúmen pelas bactérias, limitando o consumo físico. Quando um animal enche o rúmen, mas não obtém os nutrientes necessários, a isso chamamos de fome oculta.

No caso de do consumo voluntário do feno de Morus alba por caprinos em pastejo sobre tifton+aveia, no experimento (Osmari et al, 2009) conduzido em Maringá-PR a espessura dos galhos não ultrapassou 1 cm (diâmetro). Mesmo picado, o feno de amoreira permitiu seletividade pelas cabras lactantes, com visível rejeição de frações do caule lignificado e potencialização da ingestão de proteína e de energia. A proteína bruta média de 20,10% e a digestibilidade in vitro (DIVMS) 72,85% foram afetadas pela espessura dos ramos, proporção de folhas, ocorrências de geada na fenação.

Na Índia, pesquisas sobre alimentação de caprinos exclusiva com amoreira, encontraram ingestão de energia limitada dependendo da meta de ganho de peso. Anbarasu et al (2004) verificaram uma econômica mistura volumosa proteica constituída por: folhas de Leucaena leucocephala, Morus alba e Tectona grandis(2:1:1) para atender 50% do requerimento protéico de cabras, em mistura com dieta basal de palha do trigo substituindo suplementos convencionais, sem efeitos adversos no consumo voluntário, na utilização de nutrientes, nas enzimas séricas ou no status imune. Ba et al (2005) verificaram, em dois experimentos, um aumento do consumo de matéria seca (MS) na ordem de 40%, com a ingestão total de 3,41 kg de MS/ 100 kg de peso vivo (PV) em caprinos em crescimento à pasto, quando a silagem de amoreira suplementar foi fornecida na quantidade de 0,75 kg/dia. Quando a silagem de amoreira foi ingerida sozinha, o consumo foi apenas de 3,02 kg MS/100 kg PV, superior ao consumo de 2,70 kg MS/100 kg PV da dieta somente com pastagem. Um consumo voluntário de 3,91 kg PV/100 kg PV foi relatado por Theng et al (2003), no Camboja, para caprinos em crescimento alimentados somente com folhagens verdes de amoreira, enquanto o consumo atingiu 4,98% do PV com a seleção pelo próprio animal através da suspensão da folhagem (haste com folhas). No entanto, faltam mais trabalhos no Sul do Brasil que expressem seu potencial na forma de desempenho animal para a produção de leite e de carne caprinos, bem como sobre a forma como é oferecida (feno, silagem ou fresca).

* Elisa Köhler Osmari é Zootecnista formada pela UFSM-RS, com Mestrado em Forragicultura pela UEM – PR. É analista na Embrapa Pecuária Sul, Bagé/RS, integrante do COBEA/CFMV e da Comissão de Pecuária Orgânica CRMV-RS. Contato: elisa.osmari@embrapa.br

Referências bibliográficas:

ANBARASU, C.; DUTTA, N., SHARMA, K., & RAWAT, M. Response of goats to partial replacement of dietary protein by a leaf meal mixture containing Leucaena leucocephala, Morus alba and Tectona grandis. Small Ruminant Research, v.51, n.1, p.47-56, 2004.

BA, N.X.; GIANG, V.D.; NGOAN, L.D. Ensiling of mulberry foliage (Morus alba) andthe nutritive value of mulberry foliage silage for goats in central Vietnam. In: LivestockResearch for Rural Development, v.17, n.2, p.1-9, 2005. Disponível em:<http://www.cipav.org.co/lrrd/lrrd17/2/ba17015.htm>. Acesso em: 3/4/2005.

BARROS E AMORIM. Adição de folha de amoreira (Morus spp.) Como suplemento enriquecedor da multimistura. SaBios: Rev. Saúde e Biol., v.14, n.2, p.1-7, 2019.

DORIGAN, C.J.; RESENDE, K.T.; BASAGLIA, R. et al. Digestibilidade in vivo dosnutrientes de cultivares de amoreira (Morus alba L.) em caprinos. Ciência Rural, v.34,n.2, p.539-544, 2004.

MOREIRA, F.B.; CECATO, U.; PRADO, I.N. et al. Avaliação de aveia preta cv Iapar61 submetida a níveis crescentes de nitrogênio em área proveniente de cultura de soja.Acta Scientiarum, v.23, n.4, p.815-821, 2001.

OSMARI, Elisa Köhler. Production of Goat’s Milk and Fatty Acids Profile: A NewPerspective in Human Diet. In: Diego E. Garrote; Gustavo J. Arede. (Org.). Goats:Habitat, Breeding and Management. 1ed.Hauppauge: Nova Science Publishers, 2012, v.1, p. 39-70.

OSMARI, E.K.; CECATO, U.; MACEDO, F.A.F.; ROMA, C.F.C.; FAVERI, J.C.; AYER, I.M. Consumo de volumosos, produção e composição físico-química do leite de cabras F1 Boer× Saanen. Revista Brasileira de Zootencia, v. 38, n.12, p. 2473-2481.2009.

SOUZA, A.P. Aspectos anatômicos e farmacognósticos de folhas de amoreira. 2021. 16 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas), Instituto Federal Goiano, Campus Rio Verde, Rio Verde, 2021. Disponíve em: <https://repositorio.ifgoiano.edu.br/bitstream/prefix/2192/3/TCC_Aleandra.pdf>.Acesso em: 02/02/2023.

THENG, K.; PRESTON, T.; LY, J. Studies on utilization of trees and shrubs as the sole feedstuff by growing goats; foliage preferences and nutrient utilization. July 2003. Livestock Research for Rural Development 15(7):17-37. v.15, n.7, p.17-37, 2003.

WANG, J.; et al. Isolation of flavonoids from mulberry (Morus alba L.) leaves with macroporous resins. African Journal of Biotechnology, v. 7, n. 13, p. 2147-2155, 2008.

ZENI, A. L. B.; DALL’MOLIN, M. Hypotriglyceridemic effect of Morus alba L., Moraceae, leaves in hyperlipidemic rats. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 20, n.1, p. 130-133, 2010.

IBEM PARTICIPA DE CAMPANHA DE DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL ESCOLAR

Semana passada ocorreu a entrega do material escolar da campanha organizada pelos Peregrinos Revolucionários.

Este ano foram entregues pastas com material escolar para crianças do Bairro Umbu, em Alvorada, Lar Esperança e Aldeia Kaigang, no morro Santana.

Pelo quinto ano o IBEM se sente feliz por fazer parte desta iniciativa. É sempre uma alegria poder dar nossa modesta contribuição para iauxiliar as crianças a estudar.

Oficina plantas medicinais

Painel Importância da Pecuária

Em comemoração ao Dia do Pampa, foi realizado no 16 de dezembro/2022
o painel virtual: A importância da pecuária para a preservação do bioma Pampa,
uma realização do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio grande do
Sul através da sua Comissão de Pecuária Orgânica.

  • O painel foi moderado pela Méd. Vet Angela Escosteguy, Presidente da Comissão
    de Pecuária Orgânica e foi composto de dois blocos:
    Bloco 1 – Apresentações de especialistas em pecuária de base agroecológica
    • Eng. Agr. Carlos Nabinger – Prof. titular aposentado da Ufrgs, Especialista
    em uso e manejo conservacionista de pastagens nativas.
    • Méd Vet Marcos Flávio Borba – pesquisador Embrapa Pecuária Sul,
    Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, Pecuária Familiar
    Agroecológica
    • Eng. Agr. Alberto Miguel – Especialista em Gerenciamento e Manejo
    Holístico de pastagens.
    Bloco 2 – Depoimentos de criadores de animais com práticas agroecológicas
    • Méd. Vet Márcia Duarte – Administradora da Fazenda Martimar/Canguçu,
    Projeto lone-tick desde 2021, em transição para orgânicos.
    • Méd. Vet Luiza Cheuiche – Administradora da Fazenda Sto. Antônio do
    Parové/ Alegrete, em transição para pecuária orgânica com uso de
    homeopatia e manejo de pastagens desde março/22.
    • Eng. Agr. Miguel Guedes – Gestor da Fazenda São Miguel/Mostardas,
    trabalhando com pastoreio em ILP desde 2020.
  • O evento foi transmitido ao vivo pelo https://www.youtube.com/@CRMVRS1/streams
    com duração de aproximadamente 3 horas e trinta minutos.
  • O público participante no momento da transmissão foi de 25 pessoas de vários
    estados e instituições, com alcance junto a UFPel, Palmeira das Missões, UFSM,
    Tramadaí – RS, Comissão de Produção Orgânica do RS e do RJ (CPORG-RS e
    CPORG-RJ/ MAPA, Bananal – SP e outras localidades.
  • Após o evento já foram computadas 199 visualizações da gravação do evento no
    canal do CRMV-RS (5 dias posteriores).
  • Ocorreram várias manifestações pelo chat, com perguntas e elogios foi pela sua
    qualidade técnica e relevância do tema. Seguem as mais relevantes:
    Leonardo Perez : Excelente como sempre Prof Nabinger
    Bruno Prates : Ótimas apresentações do Flávio e do Nabinger!
    Silvia Resende Terra: Gostaria de perguntar se vocês não gostariam de criar um
    evento multidisciplinar sobre esse assunto? Um evento com pesquisadores da área
    de nutrição humana , biologia bioquímica ecológica ?
    Márcia Monks Jantzen: parabéns pelo lindo trabalho, Márcia!!!!
    Bruno Prates: Que bela apresentação e belos resultados, Marcia. Parabéns!
    Amanda de Souza da Motta: Parabéns Marcia pelo trabalho desenvolvido
    Silvia Resende Terra: Dicas valiosas do Alberto ! Vcs estão de parabéns pelo painel
    virtual!
    Bruno Prates: Que lindo ver o protagonismo feminino na Pecuária e na preservação
    do Pampa. Parabéns pela iniciativa do evento.
    Márcia Monks Jantzen: adorei ouvir a experiência dessas pecuaristas! Orgulho!
    Parabéns, Luiza.
    Silvia Resende Terra: Incrível ! Um exemplo inspirador!
    Jorge Luiz Dias de Dias: Parabéns a todos!!! Foi uma tarde muito
    produtiva…obrigada pelas experiências apresentadas.
    Cassia Martins Ferreira: ótima tarde!! esperamos por mais oportunidades!! obrigada
    aos professores e pesquisadores, e em especial, aos produtores!!
    Bruno Prates: Parabéns pelo trabalho realizado Miguel. Ótima tarde, obrigado pela
    oportunidade.
  • Apesar dos problemas técnicos na transmissão do evento, consideramos que o
    evento atingiu bem seus objetivos. Agradecemos ao CRMV-RS pelo apoio e o
    esforço de todos em especial ao Marcos Borba, Luiza Cheuiche, Favorino Collares,
    Amanda Motta e Márcia Jantzen que colaboraram diretamente com o evento.

Memória elabora por Amanda Motta e Angela Escosteguy.
Porto Alegre, 21/12/22.

CURSO PECUÁRIA ORGÂNICA EM SEROPÉDICA/RJ

CURSO PECUÁRIA ORGÂNICA

Como produzir leite e ovos orgânicos

O  Instituto do Bem-Estar (IBEM) em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro realiza o Curso de Extensão Universitária Pecuária Orgânica: Como produzir leite e ovos orgânicos que ocorrerá em dois módulos: 7 a 9 de dezembro/22 e 7 a 9 de fevereiro/23.

O Curso conta com o apoio do Ministério da Agricultura e é aberto à comunidade em geral e visa repartir conhecimentos para qualificar pessoas de diferentes origens da nossa sociedade sobre os sistemas orgânicos e agroecológicos de produção animal e áreas relacionadas, com foco na criação de ruminantes e aves.

PÚBLICO ALVO 

Produtores, estudantes, técnicos, público em geral. Aconselhável ter cursado ou estar cursando graduação ou curso técnico na área de veterinária, zootecnia, agronomia, biologia, ecologia ou permacultura ou ao menos ter familiaridade com animais.

CARGA HORÁRIA E LOCAL 

O Curso terá dois módulos de 24 h  cada um, totalizando 48 h de aulas teóricas que ocorrerão no Instituto de Zootecnia/UFRRJ, em Seropédica e as atividades práticas em propriedades em fase de transição ao sistema orgânico. As atividades ocorrerão no horário comercial, das 8:30 h às 17:30 h, com intervalo para almoço.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

MÓDULO 1

  • Evolução dos sistemas de produção de alimentos
  • Bases e perspectivas da pecuária orgânica
  • Planejamento inicial
  • Passo a passo para a conversão
  • Abrigos : localização e modelos
  • Piquetes e cercas
  • Bem-estar animal
  • Pastagens e manejo 

PRÁTICA: Visita à propriedade para exercício de planejamento (passo a passo) para transição ao modelo orgânico.

MÓDULO 2

  • Manejo sanitário para controle de parasitoses e biossegurança
  • Legislação de produção animal orgânica: o que é proibido, o que é obrigatório
  • Uso de plantas bioativas e medicinais (noções)
  • Uso de medicamentos homeopáticos (noções)
  • Sistemas agroflorestais de criação de animais ( SSP)
  • Alimentos orgânicos: características, certificação e mercado

PRÁTICA: Oficina de preparo de fitoterápicos

DOCENTES

Angela Escosteguy Médica Veterinária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Mestrado pelo Instituto Nacional Agronômico de Paris-Grignon/França. Especializada em Pecuária Orgânica, atuou no  MAPA como coordenadora da Comissão Estadual de Produção Orgânica/RS e do GT Nacional de Produção Animal Orgânica. Atual coordenadora da Comissão Pecuária Orgânica do Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS. A nível internacional é membro da IAHA – Aliança para Pecuária da IFOAM – Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica, tendo sido Coordenadora da IFOAM/AL. Co- fundadora e atual Diretora do Instituto do Bem-Estar (IBEM), coordena capacitações e formação de redes para o desenvolvimento da pecuária orgânica no Brasil e no exterior.

Elisa Modesto – Possui graduação em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Tem experiência na área de Zootecnia, com ênfase em manejo, nutrição, comportamento e bem estar animal, produção orgânica, aproveitamento de resíduos da agroindústria (silagem e feno de rama de mandioca, bagaço de azeitona), Bovídeos, avaliação dos produtos de origem animal. Atualmente, é professora do magistério superior da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Está lecionando disciplina de Bioclimatologia Animal, Etologia Zootécnica e Bem-Estar Animal.

Argemiro Sanavria – Possui Graduação e Mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Doutorado em Ciências Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Pós-Doutorado pela Universidade Nacional Agrária de Habana (UNAH)-CUBA . Atualmente é Professor Titular do departamento de Medicina Veterinária Preventiva/ UFRRJ. Tem experiência na área de Medicina Veterinária Preventiva, com ênfase em Sanidade Animal, Assessoria Técnica, Programa de Boas Práticas em fazendas, atuando em: Bioecologia, Controle integrado de parasitoses de importância veterinária e na saúde pública, avaliação clínica e da eficácia de medicamentos e resíduos contaminantes de fármacos de uso convencionais e alternativos. (Homeopatia e Fitoterapia).

Greicy Sofia Maysonnave – Graduada em Zootecnia pela Universidade Federal de Santa Maria Mestrado e Doutorado (em Zootecnia pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia pela UFSM. Graduação em Programa Especial de Formação de Professores. Professora colaboradora do Grupo de Pesquisa e Extensão em Cadeias Produtivas do Pampa (PECPAMPA – UFSM) (2013 – Atual). Professora coordenadora do Grupo de Estudos Aplicado ao Desenvolvimento do Agronegócio – GEADA. Atualmente é Professora Adjunta na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ – Instituto de Zootecnia). Atua na área de Planejamento e Gestão na Produção Animal.

Maria Helena Souza de Abreu – Médica veterinária pela Universidade Federal de Viçosa, tem Mestrado em Ciências Agrícolas na Georg-August-Universitaet em Goettingen, Alemanha com o tema de pesquisa sobre Integração da agricultura com a bovinocultura de leite no Rio Grande do Sul. Tem Doutorado em “Agroforestería Tropical” (com o tema Sistemas Silvopastoris) no Centro Agronómico de Investigación y Enseñanza (CATIE) em Costa Rica. Atualmente é professora principal e especialista em Sistemas Silvopastoris, no Departamento de Produção Animal da Faculdade de Zootecnia da Universidad Nacional Agraria La Molina, Lima, Perú.

CERTIFICADOS

Receberão certificados de Curso de Extensão Universitária os participantes com o mínimo de 75% de frequência nas aulas teóricas e que tiverem participado das atividades práticas.

INSCRIÇÕES (vagas limitadas)

Valores para os dois Módulos: 

Inscrições Profissionais Estudantes
Até 05/12 R$ 380,00 R$ 180,00
Após 05/12 R$ 450,00 R$ 220,00

Valores para Módulo 2, de 7 a 09 de fevereiro:

Inscrições Profissionais Estudantes
Até 05/02 R$ 240,00 R$ 120,00
Após 05/12 R$ 300,00 R$ 150,00

Obs. Comunidade da UFRRJ tem desconto de 50%. 

Os estudantes devem enviar o comprovante de matrícula para o e-mail: ibembrasil.org@gmail.com

As vagas serão limitadas e por ordem de inscrição mediante comprovante de pagamento.

Em caso de desistência por parte do aluno, não haverá devolução do valor pago. 

Para inscrição: CLIQUE AQUI : https://forms.gle/MvjEQDYBjeVsvjtd8

LANÇAMENTO DO MANUAL DE AVICULTURA ORGÂNICA EM FLORIANÓPOLIS

O evento ocorreu  durante a reunião do grupo Litoral de certificação participativa da Associação Biodinâmica do Sul (ABDSul) ,  na Fazenda Ressacada, pertencente à UFSC. Na ocasião, o Núcleo de Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) recebeu a certificação de produção biodinâmica para produção de lã de ovinos e hortaliças.

O NEA desde  2012 vem desenvolvendo importantes e pioneiros projetos, com  apoio do CNPQ , na busca de alternativas não químicas para o controle da verminose ovina em sistemas sustentáveis de produção animal e também na prospecção de substâncias naturais para o tratamento e controle de miiases. Os ovinos são certificados  orgânicos desde 2021, sendo criados em sistema rotacionado e tratado com produtos homeopáticos e fitoterápicos para controle de verminoses. Muito interessante também o projeto Ovelhas Azuis que desenvolve tingimentos naturais para lã ovina agroecológica.

O NEA  é coordenado pelas professoras Patrizia Ana Bricarello e Marilia Carla de Mello Gaia, do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural. Foi o primeiro setor de uma universidade federal brasileira a possuir um selo de produção orgânica. Para Nelson Jacomel, presidente da  ABDSul, “ entendemos a oportunidade para ampliar o debate sobre o tema do Animal no organismo agrícola e convidamos a médica veterinária Angela Escosteguy, para compartilhar o contexto do papel do animal na sociedade atual, considerando as condições em que vivem estes seres em nossa sociedade planetária.”

PECUÁRIA ORGÂNICA NA EXPOINTER