OFICINA PREPARADOS BIODINÂMICOS DA PRIMAVERA

Aprendizado continuado com mais uma etapa.

Dando continuidade ao aprendizado sobre os Preparados Biodinâmicos, o IBEM organizou no dia 15 de outubro a Oficina sobre os Preparados Biodinâmicos da Primavera, na Granja
Maxgo Jersey, em Tapes, RS. A atividade foi conduzida pela enóloga Deise Peliciolli, com formação em Agricultura Biodinâmica. A aula teórica sobre as bases e princípios da biodinâmica foi seguida pela elaboração dos preparados da primavera: chifre-sílica e pasta biodinâmica.

Na parte da tarde, os participantes desenterraram os preparados de outono que haviam sido enterrados em maio: chifre-esterco, casca de carvalho, fladen, camomila e dente-de-leão. Na sequência, foi realizada a diluição, dinamização e práticas de aplicação do fladen no biodigestor da granja e aplicação da pasta biodinâmica em tronco de árvores.

No final, os participantes distribuíram, acondicionaram e identificaram seus preparados em potes de vidro para levar. Todos saíram da oficina com o propósito de experimentar os produtos e avaliar os resultados para posterior relato e troca de experiências no próximo encontro do grupo. Para Angela Escosteguy, presidente do IBEM, o lindo domingo de sol foi de muito aprendizado e harmonia.  “Estou muito feliz e grata com este grupo leve, formado por pessoas idealistas com vontade de aprofundar seus conhecimentos e contribuir para um mundo melhor”.

 

VEJA O VÍDEO:

FORMAÇÃO DE LÍDERES EM AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA: FASE 1

Inédito no Brasil, curso aconteceu de setembro/2017 a junho/2018,  graças à parceria IFOAM-IBEM

A IFOAM (Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica), em parceria com o IBEM (Instituto do Bem-Estar), ofereceu pela primeira vez no Brasil o Curso Formação de Líderes em Agroecologia e Produção Orgânica.
A atividade tem como objetivo desenvolver habilidades de liderança e facilitar a construção de redes de intercâmbio de conhecimento, saberes, inovação e interação, entre os distintos atores do movimento agroecológico e do segmento orgânico. O curso é realizado desde 2012 em países da Europa, Ásia e América Latina, obtendo sucesso em todas as suas edições.
Angela Escosteguy, diretora do IBEM, esclarece que o curso enfoca no desenvolvimento pessoal para a liderança e não aborda questões técnicas de produção. Para ela, o movimento orgânico no Brasil está numa nova fase. As questões técnicas estão praticamente resolvidas e agora é necessário avançar no sentido de mostrar para a sociedade as vantagens deste modelo de produção. “O modelo químico tradicional tem poder econômico muito forte e investe pesado na propaganda de seus produtos, constituindo um desafio, isto é, devemos tocar o coração e a mente das pessoas e mostrar que esta proposta é mais saudável não só para os produtores, mas também para os consumidores e para todo o planeta. Para tanto, precisamos trabalhar em redes, conectados, promovendo o intercâmbio de informações e o fortalecimento mútuo”, sustenta.

SOBRE O CURSO

Com duração de 10 meses,  o curso ocorreu em três fases: duas presenciais de uma semana cada uma e uma fase de 8 meses a distância com um encontro a distância (webinar) /mês.  Durante o curso, os participantes prepararam um relatório sobre a sua região, fizeram alguma ação pública, tal como entrevista, palestra ou publicação de artigo, e elaboraram um Projeto de Ação a ser desenvolvido posteriormente no seu contexto.

A primeira fase presencial ocorreu no Rincão Gaia/RS, veja mais detalhes abaixo.  A última fase (presencial de 40 h) ocorreu em junho de 2018, em São Paulo.   Além de visita a produtores orgânicos, a segunda fase teve como atividade extra um dia na Biofach  Brasil – maior feira de orgânicos da América Latina – onde foi realizada  a cerimônia de entrega dos certificados de conclusão do curso.

 

SOBRE O PRIMEIRO ENCONTRO PRESENCIAL

A primeira fase presencial do curso ocorreu de 18 a 24 de setembro, no Rincão Gaia – legado José Lutzenberger, em Rio Pardo, RS.

Participaram  dezenove brasileiros de vários estados do Brasil e um mexicano.

A equipe de facilitadores foi formada por Markus Arbez (diretor Executivo da IFOAM/Alemanha), Barbara Zilly (IFOAM/Alemanha), Patrícia Flores (IFOAM/AL/Peru) e Angela Escosteguy  (presidente do IBEM/Brasil).

A semana teve múltiplas atividades, como aulas teóricas e dinâmicas de grupo.

Debates e práticas de liderança e de diversas formas de comunicação.

Além de informações e discussões  sobre a situação e rumos dos movimentos de agricultura orgânica e agroecologia em diversos países.

 

Durante a semana foi servida alimentação 80% orgânica, parte produzida no Rincão e complementada pela fornecida pela Cooperativa Pão da Terra. Abaixo, despedida e agradecimento às cozinheiras e equipe do Rincão pela acolhida.

 

O Programa incluiu duas visitas técnicas:  a primeira na granja Lomba Grande, produtora de leite e laticínios orgânicos, em Novo Hamburgo/RS.

 

E a outra na Coopernatural, cooperativa produtora de sucos, geleias, cerveja e vinhos orgânicos, em Picada Café/RS, com direito à degustação da cerveja orgânica.

 

Na foto abaixo, Lara Lutzenberg , diretora do Rincão Gaia, a Dra. Magnólia da Silva, Professora da Faculdade de Agronomia da UFRGS que foi parceira do evento viabilizando ônibus para o transporte para as visitas e Angela Escosteguy, diretora do IBEM.

 

Houve também diversas atividades integrativas junto à natureza, como yoga, caminhada, banho no lago, roda na fogueira e meditação.

 

ENCERRAMENTO DO CURSO COM CERIMÔNIA NA OCA

Para Angela Escosteguy,  “ Foi muito especial participar desta primeira etapa do OLC no Brasil. Foi uma bela semana de aprendizado, convivência e harmonia mergulhados na maravilhosa energia do  Rincão Gaia- Legado Lutzenberger! Gratidão a todos que contribuíram para que isso pudesse acontecer.”

 

AVALIAÇÃO DO CURSO
(17/20 respostas anônimas)

         Esta primeira fase presencial (F2F1) teve média de 8,5 sobre 10.

Depoimentos dos participantes:

“ O Curso foi muito bom! O Rincão Gaia é um lugar muito tranquilo e inspirador. Foi uma vivência de estudo muito boa e também tivemos momentos muito ricos de convivência social e ambiental.  Fiquei muito motivada a ampliar meus conhecimentos e desenvolver experimentos nesta área ! Os colegas do IFOAM e IBEM estão de parabéns!!! “Dra. Vera Lúcia Sardá Ribeiro, Professora de Parasitologia Clínica, Faculdade de Medicina Veterinária da Unversidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

“ O curso OLC é um ótimo espaço que aproxima pessoas e iniciativas que se desenvolvem em diferentes lugares. Além de ser um espaço de reflexão e discussão das oportunidades e perspectivas da agroecologia e produção orgânica no mundo. O curso é muito motivador!” Janete Basso, Engenheira Agrônoma, Extensionista da Empresa de Assistência Técnica e  Extensão Rural –  EMATER/RS.

 

 

“Importante curso proporcionado pela IFOAM em parceria com o IBEM. rNo primeiro encontro foram dias intensos de muitas vivências, experiências, troca de saberes e reflexões sobre agroecologia e produção orgânica. O destaque do curso foram as diferentes formas de linguagens trabalhadas para comunicar, transmitir e receber conhecimento. Minha caminhada vem sendo em direção da criação e fortalecimento de grupos, redes e cadeias para o desenvolvimento destes temas e este curso está contribuindo para me dar mais ferramentas e conhecimento para a construção desta estrada.” Luiza Schafer, Zootecnista, especializada em formação de redes, economia solidária e educação popular. Porto Alegre/RS.

“Sinto-me honrada de poder fazer parte desta turma de OLC no Brasil! Estou mais motivada a usar o conhecimento e rede de contatos desse curso para ampliar minha atuação em agricultura orgânica! Ele é um divisor de águas na minha vida! “Mariane Antunes, Engenheira de alimentos, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento/SP.

“ Para mim o primeiro módulo do Curso foi fantástico! Além dos aprendizados e trocas muito ricas de informações e conhecimentos entre os participantes, foi excelente a oportunidade de observar os processos que se desenvolvem em coletividade. Assim posso evoluir mais como ser humano e ser mais atuante na sociedade como um todo de uma forma mais harmoniosa” Carolina Ribeiro, ​ agricultora familiar na produção de sementes, hortaliças, frutas e ovos orgânicos no Sítio Cultivar,  Nova Friburgo/RJ.

“ O Curso foi excelente pois me oportunizou  novos conhecimentos e redes de contatos diversa além de contato com diferentes formas de lideranças e  metodologias que podem ser aplicadas no processo do formação de redes. Importante também a visāo mundial da produção orgânica e agroecológica. O lugar escolhido, Rincāo Gaia  é incrível, e  promoveu uma conexāo instantânea entre os participantes, nos proporcionando uma vivência enriquecedora, com convivência prazerosa. As atividades integrativas foram inovadoras e muito importantes para desempenharmos nossas atividades com qualidade”. Angela Mocelin, Médica-Veterinária, Extensionista da Empresa de Assistência Técnica e  Extensão Rural –  EMATER/PA.

“ Os dias foram de trabalho intenso e a cada momento de pausa (yoga, meditação ,ou bate papo informal) cada participante se renovava e integrava-se ao grupo estabelecendo mais que tudo, contatos  e criando redes. Teoria e vivências intercalavam-se aumentando o compartilhamento de saberes e conhecimentos. Cada um deu o seu melhor e, ao final todos reunidos para celebrar e agradecer a oportunidade de estar ali na grande oca no Rincão Gaia. Voltei para casa com a alma lavada e esperanças renovadas. Grata a IFOAM e ao IBEM”. Dra. Magnólia da Silva, Professora de Olericultura e Plantas Medicinais da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

“ Lutzenberger foi um dos pioneiros em promover e difundir uma verdadeira paisagem camponesa, resgatando o saber milenar de agricultores. Hoje, mais do que nunca, esse trabalho deve continuar. Por isso, foi com muita alegria ver o tema da agroecologia voltar ao Rincão Gaia através do curso da IFOAM.”  Paulo Backes, ecologista e fotógrafo paisagista/RS.

 

IFOAM OLC AL – BRASIL

O MUNDO SOB OUTRA PERSPECTIVA

OFICINA SOBRE PREPARADOS BIODINÂMICOS

Teoria e prática. Elaboração e uso.

Entre os dias 3 e 4 de maio, o Instituto do Bem Estar (IBEM) realizou a Oficina sobre Preparados Biodinâmicos, com aulas teóricas na Escola Antroposófica Candeia, em Porto Alegre, e atividades práticas na Granja Maxgo Jersey, em Tapes, RS. Participaram 23 pessoas, entre produtores rurais, técnicos, professores e estudantes. As atividades foram conduzidas por Deise Pelicioli, formada em Enologia e Viticultura e especialista em agricultura biodinâmica.

Os Fundamentos da Agricultura Biodinâmica integraram a parte teórica da oficina, enquanto nas atividades práticas os participantes aprenderam a elaborar os preparados biodinâmicos de outono: preparados de aspersão, preparados de composto e fladen. Também fizeram dinamização e aplicação dos produtos nas pastagens.

A oficina terá continuidade na primavera, quando os preparados enterrados no outono serão desenterrados e estarão prontos para o uso. Na segunda oficina serão enterrados os preparados de primavera, dando continuidade ao ciclo.

Os interessados em participar da oficina da primavera que ocorrerá em outubro devem enviar um email para ibembrasil.org@gmail.com.

SOBRE OS PREPARADOS BIODINÂMICOS

“Os preparados biodinâmicos foram desenvolvidos por Rudolf Steiner, com base na Antroposofia.

Podem ser divididos em dois grupos: os que são pulverizados no solo e nas plantas, e os que são inoculados em composto ou outras formas de adubos orgânicos como biofertilizantes e chorumes. Os preparados têm numeração entre 500 e 508 – que surgiu primeiramente como um código e nos dias de hoje facilita a comunicação internacional, entretanto, é melhor utilizar o nome próprio de cada um quando nos referirmos a eles.
Os preparados podem ser considerados como remédios homeopáticos no que diz respeito às substâncias naturais utilizadas, aos processos de dinamização e à atuação através de forças e não de substâncias e por serem utilizados em quantidades mínimas, entretanto, não se prendem à teoria ou à prática da homeopatia médica. São elaborados a partir de plantas medicinais, esterco e silício (quartzo), que são envoltos em órgãos animais, enterrados no solo e submetidos às influências da Terra e de seus ritmos anuais.” (Associação Antroposófica)